Prazo
O incômodo da vizinhança
Buracos abertos por obras na avenida Juscelino Kubitschek causam acidentes e preocupam moradores e empresários da região
Carlos Queiroz -
Tombos, acidentes e prejuízos com veículos. Essa tem sido a realidade de moradores e comerciantes da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, que há quase quatro meses aguardam a finalização de obras iniciadas pela Prefeitura, dentro do projeto de requalificação da via, que deixou para trás buracos profundos, onde se acumula água da chuva.
O espaço ocupado pelos buracos se estende pela calçada de quatro empresas e uma residência, dificultando a circulação de pedestres e ciclistas, e atrapalhando o estacionamento.
Antônio Carlos Mendes, proprietário de um dos estabelecimentos, conta que desde o início das intervenções - segundo ele no final de setembro do ano passado - não recebeu aviso ou notificação sobre o serviço feito e que desconhece o órgão responsável. Apesar de já ter reclamado com a Ouvidoria da prefeitura inúmeras vezes, ninguém apareceu para checar a situação, por isso ele improvisou uma rampa a fim de melhorar o acesso ao local.
“Foi falta de planejamento”, reclama Alex Lima, outro dos vizinhos, que já caiu com o carro dentro dos buracos, na tentativa de chegar ao trabalho. Segundo o empresário, seus clientes já tiveram pneus furados e a água parada virou criatório de mosquitos. O acidente mais recente foi na última terça-feira, quando uma moradora caiu com sua bicicleta. Joriane Miranda pedalava pelo acostamento quando se assustou com o tráfego intenso de carros e tentou desviar, mas como chovia não percebeu a profundidade do buraco.
Ela logo recebeu a ajuda dos comerciantes e não se machucou, segundo o marido Claudiomiro Jacques, que se preocupa com a situação, pois a esposa poderia ter sofrido lesões sérias e sido até atropelada.
Explicações
Os transtornos são resultado dos projetos de requalificação, pavimentação e duplicação da avenida Juscelino Kubitschek, de responsabilidade da Unidade Gerenciadora de Projetos (UGP), que faz parte da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
A empresa detentora do contrato é a MAC Engenharia Ltda., informa o secretário Paulo Morales, que argumenta ainda que as obras estariam paradas desde novembro, e não setembro, pois a empresa foi deslocada para outro ponto da cidade e depois tirou duas semanas de férias coletivas, o que justificaria a paralisação no local. O secretário reiterou que nenhum serviço está abandonado e que a MAC Engenharia já recebeu notificação para a retomada das atividades, na próxima semana.
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